SOBRE NÓS
Quem somos
Somos a primeira igreja presbiteriana estabelecida no Distrito e Cidade de Braga, Região do Minho, Portugal, desde 2017; e, como tal, temos uma herança histórica e tradição reformada, vinculada à Free Church of Scotland Continuing.
Somos uma pequena congregação composta por pessoas de todas as idades e origens (brasileiras em sua maioria), compartilhando o desejo de saber mais de Deus e Sua mensagem de graça através de Jesus Cristo, como revelado nas páginas da Bíblia.
Nos encontramos principalmente para adorar e louvar a Deus. No culto, que normalmente dura cerca de uma hora e meia, cantamos os Salmos, oramos, lemos porções da Bíblia e ouvimos a pregação da Palavra de Deus. Nossa forma de adoração é simples e dialogal (Deus fala, Seu povo responde); cantando em uníssono sem acompanhamento musical, da forma que cremos ser justificada biblicamente, naquilo que é conhecido como Princípio Regulador do Culto.
Depois do culto, temos um breve momento de confraternização com café, chá e algum acompanhamento. À tarde, nos reunimos para o culto vespertino após o intervalo do estudo bíblico que o antecede.
Podemos afirmar, de forma mais genérica, que somos cristãos e, mais especificamente, que:
Como cristãos, cremos:
• Em Deus como Trindade santa: Pai, Filho e Espírito Santo (Ef 4..4-6 ; Mt 28.19).
• Nas duas naturezas de Cristo: Jesus é verdadeiramente Deus e homem ( Jo 1.14).
• Na ressurreição, ascensão e segunda vinda de Jesus (1Co 15.3-6; At 1.9 ; At 1.10-11).
Como cristãos protestantes, cremos:
• No Sola e Tota Scriptura — Somente e toda a Escritura (Is 8.20; 2Tm 3.16,17).
• No Sola Gratia — Somente a Graça (Rm 3.21,24).
• No Sola Fide — Somente a Fé (Rm 3.27,28).
• No Solus Christus — Somente Cristo (1Tm 2.5; At 4.12).
• No Soli Deo Gloria — Somente a Deus Glória (Is 42.8; Jo 5.44).
Como cristãos reformados, cremos:
• Na soberania absoluta de Deus (Pv 16.1; Pv 19.21; Sl 139.15-16).
• Na total depravação do homem (Rm 3.10, Ef 2.1-3).
• Na eleição incondicional (Dt 4.37; Pv 16:4; Rm 11.8-10; Ef 1.4-5).
• Na expiação limitada/definida (1Sm 3:14; Is 53.11-12; Jo 10.14-15; Ef 5.25).
• Na vocação eficaz (Jr 24.7; Mt 16.17; At 1614; 1Pe 5.10).
• Na perseverança dos santos/eleitos (Is 54.10; Jo 6.39; Rm 8.28-32; Ap 17.14).
Como herdeiros da reforma, a congregação canta:
• Os Salmos, exclusivamente, sem instrumento musical (se desejar conhecer melhor o fundamento reformado sobre este tema, recomendamos a leitura do livro: Tudo o que ordeno: a Salmodia Exclusiva sem Instrumentos Musicais)
Sobre Deus e as Escrituras
Nesse espaço, apresentamos apenas um breve resumo da nossa fé em Deus e sobre as Escrituras. Se deseja mais informações a respeito do que cremos, acesse a página na qual disponibilizamos a nossa Confissão de Fé.
Sobre Deus
Nós cremos no único Deus vivo e verdadeiro e em Jesus Cristo, Senhor e Salvador nosso, o Filho encarnado de Deus, confiando nEle para nossa salvação, pois Ele é o único mediador entre Deus e os Homens (1Tm 2.5).
Porque cremos em Jesus Cristo — o Deus unigênito, também cremos ser verdadeiro(a):
1. O único Deus, Deus Trino: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
2. A Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus escrita, infalível e inerrante, que é a nossa única regra de fé e prática, a Palavra final, tendo cessado o antigo modo de Deus revelar a Sua vontade.
Sobre a Bíblia Sagrada
Cremos que a Bíblia é a revelação escrita e autoritativa de Deus, inspirada verbal e plenamente nos 66 livros canónicos que a compõe; inerrante nos autógrafos e fiéis nas cópias que o próprio Deus preservou para a Sua igreja em todos os tempos (Sl 119.152, Mt 5.18; 24.35, Lc 16.17, 1Pe 1.25).
Os livros geralmente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração divina, não fazem parte do cânon da Escritura; não são, portanto, de autoridade na Igreja de Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou empregados senão como escritos humanos (Lc 24.27,44; Rm 3.2; 2Pe 1.21)
"Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1Tm 2.5)
Nossa missão no mundo
Conforme a resposta à primeira pergunta do Catecismo Maior de Westminster, "o fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre". Como uma instituição divina estabelecida no mundo para esse supremo fim, a igreja tem uma missão aqui na terra e, como tal, essa missão pode ser descrita de três formas distintas e harmônicas, como bem resumidas por James Bannerman no livro A Igreja de Cristo — Um Tratado sobre a Natureza, Poderes, Ordenanças, Disciplina e Governo da Igreja Cristã (Vol. 1, Parte 1, Capítulo 7, Ed. Os Puritanos, 2014):
Ser testemunha
A igreja cristã, com referência ao mundo em que se encontra, foi projetada e preparada para ser uma testemunha de Cristo, não um substituto dEle.
Instrumento do Espírito Santo
A igreja cristã aqui na terra é uma ordenança exterior de Deus, preparada e designada para ser o instrumento do Espírito, mas não o substituto do Espírito.
Produzir comunhão
A igreja cristã no mundo foi preparada e designada para servir como meio de produzir a comunhão dos cristãos uns com os outros — e não para ser um substituto da comunhão dos cristãos com o seu Salvador.
Sobre a lei de Deus e o Evangelho
Cremos que Deus, ao criar Adão, estabeleceu um pacto de obras. Em virtude de sua desobediência, aprouve a Deus, por Seu infinito amor e misericórdia, proclamar e colocar em ação o Seu pacto de graça. É somente através desse pacto de graça feito em Jesus Cristo, antes da fundação do mundo, e que seguirá até a Sua volta, que o homem arrependido e fiel é redimido de seus pecados e recebe a vida eterna. Esta boa nova é o evangelho, e é pela obra vicária de Cristo que o homem é salvo. Entretanto, a lei moral de Deus, resumida nos dez mandamentos, continua a ser uma perfeita regra de justiça e revela nossos deveres para com Deus. Ela não foi invalidada com a vinda do Salvador, pelo contrário, ela foi obedecida por Ele e publicamente ensinada para ser alegremente obedecida pelos homens por meio da operação do Espírito Santo e, por atenção a ela, demonstra o nosso verdadeiro amor a Deus e aos homens. Esta lei não é contrária à graça do Evangelho, mas é suavemente condizente com ele (Vide CFW, 19).
Sobre o Dia do Senhor e o quarto mandamento
Cremos que desde a criação, Deus reservou um dia especial para a cessação das atividades comuns à sociedade, para que os homens pudessem, juntos, bendizer o seu criador. Este dia, na Antiga Dispensação, era o último dia da semana. Na Nova Dispensação, desde a ressurreição de Cristo até o fim do mundo, passou a ser o primeiro dia da semana; dia destinado ao culto de Deus, sendo este um preceito positivo, moral e perpétuo, obrigando a todos a descansar e santificar esse dia, que a Escritura chama Domingo ou Dia do Senhor (Vide CFW, 21).
Padrão confessional
As confissões de fé e os catecismos não são documentos infalíveis, e esse nunca foi o seu objetivo. Entretanto, não podemos negar o valor teológico e histórico que nos foram legados. Embora sua autoridade seja relativa, a Igreja, sem eles, fica cada vez mais à mercê dos erros e heresias daqueles que os desprezam por suas subjetividades e aversão ao passado. Não foi sem lutas, fracassos e vitórias que eles foram produzidos.
Símbolos de fé de Westminster
A Igreja Presbiteriana de Braga preserva o seu padrão histórico e confessional, tendo como única regra de fé e prática a Bíblia Sagrada — Antigo e Novo Testamentos — e adota como sistema expositivo de doutrina e prática a Confissão de Fé de Westminster e os seus Catecismos Maior e Breve.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2Tm 3.16)
Sobre os sacramentos
Uma das doutrinas peculiares das igrejas reformadas e presbiterianas é a doutrina da aliança. Esta aliança, estabelecida no Antigo Testamento e continuada no Novo Testamento, é sinalizada e selada por meio de sinais visíveis ordenados pelo próprio Deus. A seguir, reproduzimos de forma resumida aquilo que cremos sobre as ordenanças divinas.
Os sacramentos
Os sacramentos são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus para representar Cristo e os seus benefícios e confirmar o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo, e solenemente obrigá-los ao serviço de Deus em Cristo, segundo a sua palavra (CFW, 27.1).
Ref. Rm. 6.11; Gn 17.7-10; Mt 28.19; 1Co 11.23, 10.16, 11.25-26; Ex 12.48; 1Co 10.21; Rm. 6.3-4; 1Co 10.2-16.
Na Antiga Aliança — Circuncisão e Páscoa
Pelo sacramento da Páscoa, Deus declarava que Ele não somente separava o Seu povo do mundo, mas também declarava que Ele lavava o Seu povo dos seus pecados pelo sangue do Cordeiro de Deus que viria. O Cordeiro de Deus, Cristo, veste a Sua noiva com inocência e justiça; Ele alimenta Seu povo no seu caminhar.
Ambos os sacramentos falavam de santificação e de justificação. Se estes sacramentos foram importantíssimos no Antigo Testamento, no Novo Testamento mais ainda. A Bíblia deixa claro que o batismo é a nova versão da circuncisão e que a Santa Ceia é a nova versão da Páscoa.
Na Nova Aliança — Batismo e Ceia do Senhor
O batismo é um sacramento do Novo Testamento, instituído por Jesus Cristo, não só para solenemente admitir na Igreja a pessoa batizada, mas também para servir-lhe de sinal e selo do pacto da graça, de sua união com Cristo, da regeneração, da remissão dos pecados e da sua consagração a Deus por Jesus Cristo, a fim de andar em novidade de vida. Este sacramento, segundo a ordenação de Cristo, há de continuar em sua Igreja até ao fim do mundo (CFW, 28:1).
Ref. Mt 28.19; 1Co 12.13; Rm 4.11; Cl 2.11-12; Gl 3.27; Tt 3.5; Mc. 1.4; At 2.38; Rm 6.3-4; Mt 28.19-20.
Não é necessário imergir na água o candidato, mas o batismo é devidamente administrado por efusão ou aspersão (CFW, 28:3).
Ref. At 2.41, 10.46-47, 16:33; 1Co 10.2.
Não só os que professam a sua fé em Cristo e obediência a Ele, mas os filhos de pais crentes (embora só um deles o seja) devem ser batizados (CFW, 28:4).
Ref. At 9.18; Gn 17.7, 9; Gl 3.9, 14; Rm 4.11-12; At 2.38-39.
Na noite em que foi traído, nosso Senhor Jesus instituiu o sacramento do seu corpo e sangue, chamado Ceia do Senhor, para ser observado em sua Igreja até ao Fim do mundo, a fim de lembrar perpetuamente o sacrifício que em sua morte Ele fez de si mesmo; selar aos verdadeiros crentes os benefícios provenientes. desse sacrifício para o seu nutrimento espiritual e crescimento nele e a sua obrigação de cumprir todos os seus deveres para com Ele; e ser um vínculo e penhor da sua comunhão com Ele e de uns com os outros, como membros do seu corpo místico (CFW, 29.1).
Ref. I Co 11:23-26, e 10: 16-17, 21, e 12:13.
Os que comungam dignamente, participando exteriormente dos elementos visíveis deste sacramento, também recebem intimamente, pela fé, a Cristo Crucificado e todos os benefícios da sua morte, e nele se alimentam, não carnal ou corporalmente, mas real, verdadeira e espiritualmente, não estando o corpo e o sangue de Cristo, corporal ou carnalmente nos elementos pão e vinho, nem com eles ou sob eles, mas espiritual e realmente presentes à fé dos crentes nessa ordenança, como estão os próprios elementos aos seus sentidos corporais.
Ref. 1Co 11.28, e 10.16.
"…exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd 1.3)
Nossa doutrina expressa resumidamente
Como cristãos presbiterianos, cremos que alguns documentos históricos, firmados e consolidados ao longo da história da igreja, expressam e sintetizam corretamente aquilo em que nós cremos de conformidade com a revelação bíblica. Nossa doutrina está resumidamente expressa no:
Credo Apostólico:
Os Ensinamentos do Credo Apostólico, porque eles são bíblicos; e precisamos ter clareza no que a Igreja crê, com base na sua catolicidade. Eis o credo:
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
Credo Niceno:
Os Ensinamentos do Credo Niceno, porque eles são bíblicos; e precisamos ter clareza sobre a base da verdade trinitária e cristológica. Eis o credo:
Creio em um Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim. E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. Creio na Igreja una, universal e apostólica, reconheço um só batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos e da vida do mundo vindouro.
Padrões de Westminster:
Os Ensinamentos dos Padrões de Westminster: Confissão de Fé, Catecismo Maior e Breve, porque eles são bíblicos; e nós precisamos ter clareza sobre a doutrina que ensinamos. Veja o conteúdo integral tocando aqui.